5 Erros no Planejamento Sucessório: Como Evitá-los?

5 erros no planejamento sucessório

Para ilustrar as consequências dos erros no planejamento sucessório, vamos imaginar a seguinte cena: o patriarca de uma família falece, e o que deveria ser um momento de luto vira uma verdadeira guerra entre os filhos. Móveis disputados, empresas paralisadas, contas bloqueadas e muito, muito estresse. Tudo isso porque ele “esqueceu” de planejar sua sucessão. E o pior: às vezes, até quem fez algum planejamento acaba cometendo erros graves que comprometem tudo. Sim, o planejamento sucessório é essencial, mas ele precisa ser bem feito. Senão, vira um tiro no pé.

Se você já leu nosso artigo “O que é planejamento sucessório e por que você deve se preocupar com isso?”, sabe como esse tema é importante para proteger seu patrimônio e evitar brigas familiares.

Agora, vamos dar um passo a mais: descobrir quais são os erros mais comuns (e perigosos) nesse processo.

Os 5 Erros que Podem Custar Caro na Hora da Herança

Se tem uma coisa que ninguém quer é herança virando briga de novela. E acredite, isso acontece mais do que você imagina. Por isso o blog “Guia da Herança” traz pra você os 5 erros no planejamento sucessório mais comuns e como evitar cada um deles.

1. Achar que Planejamento Sucessório é só para Quem tem Muito Dinheiro

Esse é um dos maiores mitos. Muita gente pensa: “Ah, mas eu nem tenho tanto assim, não preciso disso agora”. Grande engano!

O planejamento sucessório não é só para milionários. Ele serve para qualquer pessoa que tenha bens, uma família e queira evitar confusão lá na frente. Um apartamento, um carro, uma pequena empresa, contas bancárias… tudo isso precisa ser pensado.

Sem um planejamento, até mesmo um simples inventário pode virar um processo demorado, caro e traumático para os herdeiros.

2. Deixar Tudo para Depois (ou Nunca Fazer Nada)

Sabe aquele ditado “o futuro a Deus pertence”? Ele é bonito, mas não é justificativa para cometer erros no planejamento sucessório e para falta de planejamento.

A verdade é que nós nunca sabemos o dia de amanhã. E quanto antes você planejar, melhor.

Deixar para depois só aumenta as chances de você:

  • Ser pego de surpresa sem ter deixado nada organizado.
  • Perder oportunidades de economizar com impostos.
  • Ter que correr contra o tempo em um momento de crise.

3. Ignorar os Impactos Tributários

Se você acha que imposto é caro, espere até ver o custo da falta de planejamento.

A sucessão pode gerar tributação pesada sobre os bens. Em alguns estados, o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) pode chegar a 8% do valor do patrimônio. E ainda tem custos com inventário, cartório, advogado…

Sem planejamento, cometendo erros no planejamento sucessório, a família pode ter que vender parte dos bens para conseguir pagar esses custos.

Agora, com planejamento, é possível:

  • Antecipar com a doação em vida de bens com isenção ou alíquotas menores;
  • Criar uma holding familiar para proteger e administrar os bens;
  • Aproveitar brechas legais para reduzir o impacto tributário.

4. Fazer Tudo Informalmente, sem Documento ou Ajuda Especializada

Outro erro clássico: resolver tudo no “boca a boca”.

  • “Esse apartamento vai ficar com o João, e o carro com a Ana. Todo mundo concorda, né?”
  • “Vamos dividir igual, como sempre combinamos.”

Parece simples, mas isso não tem valor jurídico nenhum. Quando o titular falece, vale o que está no papel.

Sem documentação formal, tudo pode ser questionado. O que era pra ser um acordo de família pode acabar em briga judicial.

O ideal é:

  • Registrar doações em cartório.
  • Elaborar um testamento com ajuda de um advogado.
  • Criar contratos e estruturas legais sólidas.

5. Esquecer de Atualizar o Planejamento Com o Tempo

Acredito que esse seja o maior dos erros no planejamento sucessório. Isso porque muita gente acha que planejar a sucessão dos bens é algo que você faz uma vez e esquece. Errado! O planejamento sucessório precisa ser revisto de tempos em tempos.

E você pergunta: Por quê?

  • Porque a vida muda: novos filhos, separações, falecimentos, compra ou venda de bens.
  • Porque as leis mudam: e isso pode afetar a validade ou a eficácia do que você planejou.
  • Porque os desejos mudam: e você pode querer alterar quem recebe o quê.

Atualizar o planejamento é como revisar um seguro: você faz isso para garantir que está tudo certo quando você mais precisar.

O Segredo dos Ricos para Pagar Menos Imposto na Sucessão

Quer saber como muitas famílias ricas conseguem transferir fortunas sem perder metade para o fisco? Elas planejam! E muito bem.

E planejar é evitar ao máximo cometer erros no planejamento sucessório. Um dos segredos mais usados é a criação de uma holding familiar. Parece complicado, mas calma, vou explicar:

O que é uma holding familiar?

É basicamente uma empresa criada para reunir o patrimônio da família: imóveis, participações em empresas, investimentos, etc. Em vez de os bens ficarem no nome da pessoa física, eles ficam no nome da empresa.

Com isso, é possível:

  • Reduzir tributos sobre transferências.
  • Organizar a administração dos bens.
  • Proteger o patrimônio contra disputas e dívidas.
  • Evitar brigas entre os herdeiros.

Claro, esse tipo de estrutura não é para todo mundo. Mas se você tem um patrimônio considerável, pode ser uma excelente alternativa.

Se quiser saber mais sobre como pagar menos imposto na herança, escrevemos um artigo chamado “Como Pagar Menos Imposto Sobre Herança? Guia Completo!”.

Herança Não é Loteria: Cuidado com Expectativas Erradas

Muita gente acha que herança é garantia de riqueza. Mas a realidade pode ser bem diferente.

Sem planejamento:

  • Herdeiros acabam herdando dívidas junto com os bens.
  • Bens indivisíveis (como um único imóvel) viram foco de disputa.
  • Irmãos rompem relações por causa de detalhes pequenos.

Planejar a sucessão é um ato de cuidado com quem fica. Não é egoísmo, é responsabilidade.

Quando Começar a Planejar? Spoiler: Não é Depois dos 70

Esse é um dos erros no planejamento sucessório que mais acontece: a maioria das pessoas só vai pensar nisso quando já está idosa. Mas sabe qual o momento ideal? Agora mesmo.

  • Quanto mais jovem você é, mais opções tem.
  • A chance de pagar menos imposto aumenta.
  • A documentação fica mais fácil.

Mesmo que você ainda esteja construindo seu patrimônio, já pode ir organizando:

  • Seus bens atuais.
  • Quem você deseja beneficiar.
  • As estratégias que pode adotar.

E se Eu Não Fizer Nada, o Que Acontece?

Aí quem assume o controle é a lei. E ela nem sempre age como você gostaria.

Sem planejamento:

  • A partilha segue regras fixas (e pode deixar de fora quem você queria beneficiar).
  • O inventário pode demorar anos.
  • A família pode gastar muito mais com impostos e advogados.

Se você quer ter controle sobre o que construiu, precisa planejar.

Conclusão: Não Deixe para Depois o Que Você Pode Organizar Hoje

Erros no planejamento sucessório podem custar caro, emocionalmente e financeiramente. A boa notícia é que com informação e orientação certa, você evita todos esses erros.

Não espere o tempo passar. Comece agora a organizar seu futuro e o da sua família.

Agora que você sabe como se planejar, compartilhe este conteúdo com sua família e amigos! Afinal, todo mundo precisa pensar nisso mais cedo ou mais tarde.

Perguntas Frequentes Sobre Erros no Planejamento Sucessório

Perguntas Frequentes
  1. Quais são os principais erros no planejamento sucessório?

    Os erros mais comuns incluem deixar tudo para depois, não formalizar o planejamento, ignorar questões tributárias, não atualizar o planejamento e achar que ele só é necessário para quem tem muito dinheiro.

  2. Planejamento sucessório é só para quem é rico?

    Não. Qualquer pessoa que tenha algum bem ou família pode (e deve) fazer planejamento sucessório para evitar problemas futuros.

  3. O que acontece se eu não fizer planejamento sucessório?

    Sem planejamento suessório, a partilha segue as regras do Código Civil, o inventário pode ser demorado e caro, e a família pode ter prejuízos financeiros e emocionais.

  4. Como evitar impostos altos na herança?

    Pagar impostos altos é uma das principais consequências de erros no planejamento sucessório. A melhor forma é se planejar com antecedência, usando estratégias como doação em vida, holding familiar e testamentos bem elaborados.

  5. De quanto em quanto tempo devo revisar meu planejamento sucessório?

    Recomenda-se revisar a cada 2 a 5 anos ou sempre que houver mudanças importantes na família ou no patrimônio.

  6. Um testamento informal tem validade jurídica?

    Em geral, não. Para garantir validade, o testamento deve seguir exigências legais, preferencialmente com escritura pública ou registrado em cartório.

  7. Posso fazer planejamento sucessório sozinho?

    Até pode, mas não é recomendado. Um advogado especialista pode ajudar a evitar erros e garantir que tudo seja feito conforme a lei.

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